As muitas caras do Bullying
- mariusveloso
- 17 de out. de 2024
- 1 min de leitura

No aproximar do Dia Mundial de Combate ao Bullying o tema volta a estar na ordem do dia.
O Bullying tem inúmeras caras e não sendo contemporâneo, parece rejuvenescer a cada ano. Parece um fenómeno recente ao qual se fecham os olhos e se assobia para o lado com esperança que se resolva por si só. Sem ondas. Sem repercussões no meio escolar. Em silêncio. Sempre ou quase sempre em silêncio. E todos os anos nos surpreendemos com a sua ocorrência quando entra nas nossas casas. Ou talvez finjamos apenas surpresa e sejamos gratos porque não nos toca nem a nenhum dos nossos.
O Bullying fala imensas línguas e expressa-se no comportamento repetitivo de agressão. Traduz um desequilíbrio de poder e na intenção de provocar dano à vitima. O Bullying está na agressão física que é (mais) visível, mas também na ameaça, na intimidação e no insulto. Está na exclusão e na difusão do rumor.
O Bullying está no mundo real, mas também pode estar no mundo virtual - o Cyberbullying ou a versão tecnológica do Bullying.
O Bullying está (infelizmente) na ordem do dia e está na hora de fazermos alguma coisa. Não apenas lamentar ou ignorar porque não veio bater à nossa porta. Está na hora de deixarmos de normalizar a agressão. Está na hora de tomar partidos e de deixar de ser cúmplice ou apenas espectador. Está na hora. Hoje. Agora. As vitimas anónimas ou distantes não deixam de ser vítimas. Os agressores também não deixam de o ser. Agir antes de nos tocar de modo próximo. Agir apenas. Com directividade e empatia. Talvez ainda possamos ir a tempo de ajudar alguém.
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